Moimenta da Beira cria “Sistema Solar à escala do concelho”, projeto único em Portugal e na Europa

É um projeto único em Portugal e na Europa (e provavelmente no mundo) porque alia a Ciência à Arte e tem ainda uma peculiar vertente de inclusão social. O “Sistema Solar à escala do concelho de Moimenta da Beira”, produção que resulta de uma parceria entre o Município e o Clube das Ciências do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira, vai ser inaugurado na próxima quarta-feira, 21 de junho, assinalando o Solstício de Verão, um fenómeno da Astronomia que marca o início da estação mais quente do ano.


A cerimónia está marcada para as 14h30 e inclui um percurso (a pé e de autocarro) a partir do elemento físico que representa o Sol, o astro-rei, colocado junto aos Paços do Concelho, até Neptuno, o último planeta do Sistema Solar, colocado na praia fluvial de Segões. Os restantes estão fixados no núcleo urbano da vila de Moimenta da Beira (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte) e nas localidades de Semitela (Júpiter), Baldos (Saturno)) e Alvite (Úrano).


A construção do modelo físico da representação do Sistema Solar à escala do concelho, implantado em espaço público (e de forma permanente), não passou pela conceção dos astros em formatos esféricos, mas pela elaboração de formatos em discos (metálicos), que representam o Sol (com 1,39 metros de diâmetro) e têm assinalados, cada um deles, os oitos planetas principais do nosso Sistema Solar nas dimensões e distâncias proporcionais cientificamente calculadas. Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, reduzido à escala, ficou com um tamanho ainda mais reduzido que o de uma bola de futsal. E Mercúrio, o mais pequeno, com o tamanho de uma ervilha anã. “Assim, é-nos possível compreender as dimensões e as distâncias entre os diferentes astros que constituem o Sistema Solar”, justifica Paulo Sanches, professor, coordenador do Clube das Ciências do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira, e responsável pela conceção do projeto.


A singularidade deste Sistema Solar, que o torna verdadeiramente único em Portugal e na Europa (e provavelmente no mundo), é a sua vertente artística e também de inclusão social. Artística porque oito dos nove discos metálicos foram intervencionados por pintores, arquitetos, escultores, ilustradores e designers, todos com formação pelas Faculdades de Belas Artes do Porto e Lisboa. E de inclusão social porque um dos discos tem a mão criativa de vários utentes da Artenave, uma instituição de solidariedade sediada em Moimenta da Beira que tem como grande objetivo contribuir para a promoção social da população da região nordeste do distrito de Viseu, através de atividades organizadas para crianças, jovens e adultos, independentemente da origem e das características físicas, intelectuais e mentais de cada um. “Quisemos dar um toque especial de talento e génio”, explica Sara Fernandes, designer e responsável pela conceção artística do projeto.

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