Em 2030, 60% da população mundial viverá em cidades


O último relatório sobre o Estado das Cidades do Mundo (2008/2009) da ONU - Habitat aponta para um aumento da população urbana a nível mundial, o que pode constituir-se um verdadeiro problema em termos de sustentabilidade espacial, económica, social e ambiental.

Actualmente, metade da população mundial vive em cidades e, dentro de duas décadas esse valor pode aumentar para 60%. Segundo o relatório, à medida que as cidades crescem em tamanho e população, a harmonia entre os aspectos espacial, social e ambiental do espaço urbano, bem como entre os seus habitantes, será cada vez mais importante. O relatório adverte ainda para o facto de que “altos níveis de desigualdade podem provocar consequências sociais, económicas e políticas negativas"e provocar inconformidade social e insegurança.

As maiores taxas de crescimento urbano ocorrem nos países em vias de desenvolvimento, que absorbem uma média de três milhões de novos residentes urbanos por semana, adverte o estudo.

Tendência oposta

Paralelamente a esta tendência demográfica, o relatório identifica que muitas cidades do mundo estão a perder população. Espera-se que a população de 46 países, entre os quais a Alemanha, Itália e Japão e a maioria dos antigos estados soviéticos, diminua em 2050.

De facto, nos últimos 30 anos, cada vez mais cidades do mundo desenvolvido perderam população em vez de ter aumentado. É o caso de 49 cidades do Reino Unido, entre elas Liverpool, ou de centenas de cidades da Rússia e de 39 cidades dos Estados Unidos. Os motivos são maioritariamente económicos, qualidade do ar e poluição.

Também em cidades dos países em vias de desenvolvimento se detectou o mesmo problema. A análise do cresciemnto urbano em África entre 1990 e 2000 revela que 11 cidades sofream uma diminuição de população. Neste caso, as causas estão relacionadas com as perdas humanas provocadas pelas constantes guerras e conflitos e desastres naturais.

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